HOJE É DIA DO PAI
Meu pai no mercado de flores
De manhã,meu pai vai ao mercado.
Essa não é (dizem) coisa de homem.
Mas ele ri-se,pouco se interessa.
Dedica a tudo todo o cuidado.
a barba feita a navalha, o nó
da gravata, o vinco da calça,
o colete de malha. Sapato
preto, polainito apertado,
põe o chapéu. Ainda bem cedo,
sob o esplendor azul do céu.
E a casa,depois,fica cheia
de luz e ternura, gladíolos
frésias, verbenas, rosas bravas,
cheiros dos jardins de Freamunde,
poemas sem o peso das palavras.
José Carlos de Vasconcelos
In Em nome do Pai- Pequena antologia do Pai na Poesia Portuguesa
-org.por José da Cruz Santos, com a colaboração de Vasco da Graça Moura e Armando Alves,Prisa/Inova e Modo de Ler, 2010
Etiquetas: efemérides
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