DESASSOSSEGOS - 96
[Partir o mar como se fosse um espelho]
"Acordar de noite e lutar contra o mar. Impor, sobrepor, a minha voz à sua. Acima do seu canto o meu grito, mais alto que a sua música a minha raiva, o meu choro, a minha discordância. Atirar pedras, facas, contra o mar. Fechar contra ele todas as portas e janelas. Contra o seu infinito a minha finitude. Partir o mar como se fosse um espelho."
Teolinda Gersão, em Paisagem com mulher e mar ao fundo
Etiquetas: desassossegos, leituras
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