POETAS MEUS AMIGOS - 94
a chuva
(Aquellos ojos verdes)
A chuva distorce as luzes e as sombras,
e quase não se vê os rostos
do homem e da mulher que estão parados
na esquina, sob a marquise.
Talvez seja melhor assim;
pensar que os rostos ainda existem
porque a esquina ainda existe
e porque chove como antes.
Talvez seja melhor esquecer
que os rostos se desmancharam
como se fossem feitos de cera
ou de qualquer outra matéria pálida.
Daniel Francoy
Etiquetas: poetas meus amigos
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