DESASSOSSEGOS - 109
tradução
traduzo a chuva pelas pálpebras do dia
para não dizer a desistência do amanhã
releio as vozes de ontem rasgo momentos
choro em remoinho verdades esquecidas
descabelam-se os fios dos meus anos
no verso de prata madrugados
quando as luzes adormecem ante a aurora
que parte do meu texto é descabida - vida minha
de olhos desatentos - que agora? que depois?
Lilia Silvestre Chaves
Etiquetas: desassossegos, poetas meus amigos
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