03/06/09

POETAS MEUS AMIGOS - 106












A noite límpida

dorme:

pelo amor das cerejeiras chegou a noite límpida.

um ciciar como vinha o vento

que ardia, furto do lume do teu corpo.

pelo amor todo dos frutos, consome

a brancura inatingível das primaveras; dorme.

Maria Gomes

agosto de 2004

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