OMNIA VINCIT AMOR - 125
memória minha
Durante um mês amámo-nos.
Foi-se embora depois creio que para Esmirna,
para lá trabalhar, e nunca mais nos vimos.
Ter-se-ão desfeado - se vive - os olhos cinzentos;
ter-se-á estragado o belo rosto.
Memória minha, guarda-os tu tais como eram.
E, memória, o que podes deste meu amor,
o que podes traz-me de volta esta noite.
K. Kavafis
trad. Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis
Etiquetas: omnia vincit amor, os meus poetas
<< Home