NOCTURNOS - 65
Quando sai para os céus a lua citadina
Quando sai para os céus a lua citadina,
E a noite prenhe de cobre e mágoa cresce,
E de lua a cidade espessa se ilumina,
E a cera canora ao tempo rude cede,
E na sua torre de pedra o cuco chora,
E a pobre ceifeira – no mundo dessangrado –
Ajeita de leves agulhas da sombra enorme
E as lança, palha amarela, no sobrado...
Ossip Mandelstam
Etiquetas: nocturnos, os meus poetas
<< Home