OS MEUS POETAS - 53
Taciturna arte
No meu ofício ou taciturna arte
Exercida na noite silenciosa
Quando somente a lua se enfurece
E os amantes repousam já na cama
Com toda a sua dor nos próprios braços,
Trabalho ao som da luz
Mas não por ambição nem pelo pão
Nem por vaidade ou tráfico de encantos
Realizado em palcos de marfim,
Apenas sim para o comum salário
Do que em seus corações há de secreto.
Dylan Thomas
- trad. de David Mourão-Ferreira, in Vozes da Poesia Europeia, Colóquio Letras nº 165.
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