11/02/06

POETAS AMIGOS - 31




o meu amigo tem nome mas não
o diz o meu amigo
vai crescendo no seu casulo frio
como um pássaro esquisito
o sol nos olhos a nua manhã
na obscura raiz da vida a sombra
do grito
- e só tenho a minha mão
na sua

Porto -1988
Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral
António Manuel Lopes Dias - in Sobre Escritos
Papiro editora-Porto, 2005

Etiquetas:

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com Licença Creative Commons