21/11/05

LER OS CLÁSSICOS - 29




a tília

Peregrino, senta debaixo da ramagem,
Descansa; eu prometo - sequer o sol selvagem
Aqui pode avançar. Porém os raios justos
Deverão as sombras aquietar nos arbustos.
Aqui sempre sopram brisas frescas do campo,

Rouxinóis e negras aves cantam seu canto.
Abelhas obreiras recolhem mel das flores
Perfumadas para brindar as mesas nobres.
E a todos os homens meu murmúrio sereno
Cobre facilmente de adocicado sono.
Maçãs não carrego, mas sou árvore farta
Das Hespérides no jardim, meu amo exorta.



Jan Kochanovski - Polónia (1530 - 1684)

Etiquetas:

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com Licença Creative Commons