10/06/11

NO DIA DE CAMÕES QUE É TAMBÉM O DIA DE PORTUGAL


Poetas inspiram-se em Camões, homenageando-o:

 
Biblioteca Camoniana ou glosa a mote próprio

Quando meus olhos teus olhos olharam
E o meu rosto no teu rosto pousou
Todo o sonho que os sonhos sonharam
Logo se desvaneceram no que sonhou

Nada nesta vida assento merece
Tudo nesta vida é ousio fugaz
Nada fica e tudo esmorece
Tudo passa e não satisfaz

Nada é certo e tudo é incerto
Assim gira o que da vida pensamos
Querendo segurar o que segurar não podemos
Que tudo é incerto é o que de certo temos

E mais não é e para pouco serve
O que de certo temos no incerto
Desta vida o incerto leve como certo

Do desconcerto deste mundo

É já desacerto no meu lembrar
No concerto incerto de sonhar
O que por certo tomei no teu olhar

Fernando Martinho Guimarães
foto da casa onde Camões terá morrido,supostamente em 10 de junho de 1580;Rua Nova do Almada em Lisboa

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