NO DIA DE CAMÕES QUE É TAMBÉM O DIA DE PORTUGAL
Poetas inspiram-se em Camões, homenageando-o:
Biblioteca Camoniana ou glosa a mote próprio
Quando meus olhos teus olhos olharam
E o meu rosto no teu rosto pousou
Todo o sonho que os sonhos sonharam
Logo se desvaneceram no que sonhou
Nada nesta vida assento merece
Tudo nesta vida é ousio fugaz
Nada fica e tudo esmorece
Tudo passa e não satisfaz
Nada é certo e tudo é incerto
Assim gira o que da vida pensamos
Querendo segurar o que segurar não podemos
Que tudo é incerto é o que de certo temos
E mais não é e para pouco serve
O que de certo temos no incerto
Desta vida o incerto leve como certo
Do desconcerto deste mundo
É já desacerto no meu lembrar
No concerto incerto de sonhar
O que por certo tomei no teu olhar
Fernando Martinho Guimarães
foto da casa onde Camões terá morrido,supostamente em 10 de junho de 1580;Rua Nova do Almada em Lisboa
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