OMNIA VINCIT AMOR - 155
E uma abelha pousa no azul do lírio, e no cardo
que sobreviveu à geada.
Penso em ti...
Bebo, fumo, mantenho-me atento, absorto
– aqui sentado, junto à janela fechada.
Ouço-te ciciar amo-te pela primeira vez.
e na ténue luminosidade que se recolhe ao horizonte
acaba o corpo.
Recolho o mel, guardo a alegria, e digo baixinho:
Apaga as estrelas,
vem dormir comigo no esplendor da noite do mundo
que nos foge.
Al Berto, in "Lunário"
Etiquetas: omnia vincit amor, os meus poetas
<< Home