14/11/10

L'APPRODO - REGRESSO


bâteau 4

L'approdo

Felice l’uomo che ha raggiunto il porto,
Che lascia dietro di sè mari e tempeste,
I cui sogni sono morti o mai nati,
E siede a bere all’osteria di Brema,
Presso al camino, ed ha buona pace.
Felice l’uomo come una fiamma spenta,
Felice l’uomo come sabbia d’estuario,
Che ha deposto il carico e si è tersa la fronte,
E riposa al margine del cammino.
Non teme né spera né aspetta,
Ma guarda fisso il sole che tramonta.

Primo Levi

Chegada

Feliz o homem que chega a um porto
Deixando para trás mares e tempestades,
Cujos sonhos estão mortos ou não nasceram,
E se senta e bebe na cervejaria de Bremen,
Feito o caminho, agora em paz.
Feliz o homem que é apagada chama,
Feliz o homem que é areia no estuário,
Que largou a carga e enxugou a fronte
E descansa à beira do caminho.
Não teme nem deseja nem espera,
Apenas olha fixamente o sol a pôr-se.

Versão de Luís Parrado,a partir de
traduções castelhana e inglesa

O regresso ao porto

Feliz o homem que regressou ao porto,
Deixando atrás de si mares e tempestades,
Cujos sonhos estão mortos ou nem sequer nasceram
E se senta a beber na tasca de Bremen,
Junto à lareira e agora em paz.
Feliz o homem. uma chama extinta
Feliz o homem , areia na praia,
Que largou a carga e enxugou a fronte,
E descansa à beira do caminho.
Não teme nem espera nem aguarda,
Mas olha atento o sol que se põe.

Trad., a partir do original, de Amélia Pais

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