OS MEUS POETAS- 179
A história apócrifa da porcelana
A paixão pela porcelana, Europa do século XIX.
Serviços, elefantes e copos.
O mundo é vasto e bom,
Distinto, frágil, aristocrático.
E há algo para além disto,
O horizonte ergue-se transparente.
A América é só uma costa.
E a China um gato preto.
Montesquieu continua a redigir
As suas cartas sobre filósofos.
Os eruditos usam perucas
E as senhoras - flores.
Os soberanos não são dementes
E, no entanto, não são grandes inteligências.
Nenhum fantasma persegue a Europa
E o amor é fantasmagórico.
Infelizmente os poetas são de salão,
Felizmente os seus poemas não.
E a liberdade, como um jarro,
Está no centro do pensamento.
A nova história começa
Com fragmentos de porcelana.
Enterrada em pequenos elefantes brancos
Deixamos a idade da Razão para trás.
Ivan krustev
(versão de L.P a partir da tradução inglesa de Belin Tonchev )
In http://arspoetica-lp.blogspot.com/
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