OS MEUS POETAS - 125
Numa estação de Metro
Desventurados os que avistaram
uma rapariga no Metro
e se apaixonaram de repente
e a seguiram enlouquecidos
e a perderam para sempre entre a multidão
Porque serão condenados
a vaguear sem rumo pelas estações
e a chorar com as canções de amor
que os músicos ambulantes cantam nos túneis
E se calhar o amor não é mais do que isso:
uma mulher ou um homem que sai de uma carruagem
numa qualquer estação de Metro
e resplandece por uns segundos
e desaparece na noite sem nome
Óscar Hahn
(versão de -L.P.em http://arspoetica-lp.blogspot.com/ )
Etiquetas: omnia vincit amor, os meus poetas
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