«ENSINOU A SENTIR VELADAMENTE» -32
Depois das bodas de oiro,
Da hora prometida,
Não sei que mau agoiro
Me enoiteceu a vida...
Temo de regressar...
E mata-me a saudade.
- Mas de me recordar
Não sei que dor me invade.
Nem quero prosseguir,
Trilhar novos caminhos,
Meu pobres pés dorir,
Já roxos dos espinhos.
Nem ficar... e morrer:
Perder-te, imagem vaga...
Cessar, não mais te ver,
Como uma luz se apaga.
Camilo Pessanha -Clepsydra
Etiquetas: sentir veladamente
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