PENSAR - 91
[O tempo fugaz a que chamamos vida]
«Porque há um tempo fugaz, que decorre como um suspiro e é vão como um sonho, e este é o tempo a que chamamos vida. Na sua brevidade, os homens abeiram-se da loucura. Constroem castelos efémeros, crendo que hão-de ser mansões de eternidade. Mas a vida destrói-os, porque carrega em si mesma a semente da destruição imediata. Assim nascem os impérios e assim caem depois. Mas existe um tempo eterno, inscrito na própria essência das coisas, no constante devir que se transmite de homem a homem. E é um tempo muito mais vasto do que poderiam calcular os historiadores do palácio e vai muito mais além de quanto possam esgotar os homens do futuro.»
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