22/06/05

UMA QUADRA AO JEITO POPULAR

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Uma mão cheia de nada,
A outra cheia de vento;
Os olhos cheios de sol,
De sonhos o pensamento.


Antónia Ferreira
(Biló)



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O contexto em que surgiu esta quadra, segundo a filha, Júlia :
«A minha mãe andava na ceifa. Ia beber água, mas o feitor não permitiu, porque ela já tinha ido ao cântaro beber uma hora antes. (Só podiam ir beber passadas 2 ou 3 horas, não sei bem). Aí, ela refilou : "O tempo e a auga dá-os Deus de graça". ( Era assim naquela altura). O feitor proibiu-a mais uma vez. E a resposta foi : "Estais todas a ver? Nem um gole d'auga. Não temos nada de nosso, raparigas".E então saiu-lhe aquele " verso" . ( Chamavam verso a uma quadra ) . E pronto ».

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