13/06/05

PARA EUGÉNIO DE ANDRADE

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O SORRISO


Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.


Eugénio de Andrade (1923-2005)

(falecido esta noite - com ele se vai o mais luminoso e solar poeta do nosso s.XX - e um dos últimos grandes sobreviventes do século; para ele , certamente, um lugar na Ilha de Vénus, criada por Camões)


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