17/07/05

OS MEUS POETAS-31

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Mário Cesariny - composição



A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares.
Depois de teres dado.

Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perene
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.

Ricardo Reis

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