POETAS MEUS AMIGOS - 149
arqueologia miúda de um passado recente
Cartas, velhos cadernos
pejados de poemas, sonhos, projetos.
uma pétala seca de rosa, talvez, ou de açucena.
Uma declaração de amor eterno
infinitamente mais breve que o papel
pautado que a promessa encerra.
Assina Lúcia, de cujas feições não me lembro,
nem das circunstâncias da paixão
de que a carta é testemunha.
Documentos, traças, pó de papel, mofo...
e que me serve guardardo meu pai
.......................... [a Certidão de Óbito?
Centenas de fotos esbranquiçadas
O texto juvenil de uma comédia nunca encenada.
Nem tudo vai para o lixo sem lágrimas,
mas é preciso esvaziar os armários,atulhados de ontens,
...........................................[para dar espaço ao futuro.
Fred Matos
http://fredmatos.multiply.com/
Etiquetas: poetas meus amigos
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