OS MEUS POETAS - 206
img.Georges Braque
ENTRAPERÇUE
Je sème de mes mains.
Je plante avec mes reins;
Muette est la pluie fine.
Dans un sentier étroit
J'écris ma confidence.
N'est pas minuit qui veut.
L'écho est mon voisin,
La brume est ma suivante.
René Char, Chants de la Balandrane, 1977
DE RELANCE
Semeio com minhas mãos,
Planto com os meus rins;
Semeio com minhas mãos,
Planto com os meus rins;
É muda a chuva fina.
Numa senda estreita,
Escrevo o meu segredo.
Numa senda estreita,
Escrevo o meu segredo.
Não é meia noite quem quer
O eco é meu vizinho,
A bruma, a minha sequência.
A bruma, a minha sequência.
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