LER OS CLÁSSICOS - 108
Que desvario que tudo perde assim!
Ah, Orfeu! De novo separados! Outra vez
Os destinos cruéis fazem que eu
volte. Já o sono da morte turva os olhos.
Toma conta de mim a noite imensa.
Adeus, Orfeu, as minhas fracas mãos
se estendem para ti, e não sou tua.
Virgílio - Geórgicas, IV,495-498
trad. de Agostinho da Silva
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