ESCREVER - 38
Marina Tsétaieva
[...] Eu não vivo para escrever poemas, escrevo para poder viver. ( Quem é que pode fazer da escrita dum poema um fim em si?) Escrevo não porque sei, mas para conseguir saber. Enquanto não escrever sobre uma coisa ( olhar para ela) essa coisa não existe. O meu modo de conhecer manifesta-se através da expressão - ou seja o conhecimento sai-me debaixo da caneta. Enquanto não escrever uma coisa, não penso nela.[...] Tal como a Sibila que só sabe como as palavras lhe surgem. A Sibila sabe de imediato. A palavra é o que pressupõe a coisa em nós. A palavra é o pathos da coisa, e não algo que se justifique por si. ( Se elas fossem apenas isso, bastar-nos-iam as palavras e não teríamos necessidade das coisas. Mas a nossa meta final são as coisas) [...]
[...] Eu não vivo para escrever poemas, escrevo para poder viver. ( Quem é que pode fazer da escrita dum poema um fim em si?) Escrevo não porque sei, mas para conseguir saber. Enquanto não escrever sobre uma coisa ( olhar para ela) essa coisa não existe. O meu modo de conhecer manifesta-se através da expressão - ou seja o conhecimento sai-me debaixo da caneta. Enquanto não escrever uma coisa, não penso nela.[...] Tal como a Sibila que só sabe como as palavras lhe surgem. A Sibila sabe de imediato. A palavra é o que pressupõe a coisa em nós. A palavra é o pathos da coisa, e não algo que se justifique por si. ( Se elas fossem apenas isso, bastar-nos-iam as palavras e não teríamos necessidade das coisas. Mas a nossa meta final são as coisas) [...]
- excerto da carta de Marina Tsétaieva para Boris Pasternak em 11 de Maio de 1927 - in "Correspondência a três" - Rilke/ Pasternak/ Tsétaieva (edição Assírio & Alvim,2006)
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