05/12/05

POETAS AMIGOS - 24





a glória com que refulges à luz
te deixas habitar como uma luva
a mesma que mais tarde te reduz
ser simples bueiro para a chuva

és seara ondulando matinal
sobre a natureza quando te levantas
depois ardes percutindo no areal
sempre música, se choras ou se cantas

esplendor a que sempre habituas
se mostras, ou se dás, ou se expões
grandezas e misérias são as tuas
como rostos que não têm corações

já exausto desse teu modo sublime
primo eject e passo a ver outro filme

Miguel B. - um voo cego nada -http://www.livejournal.com/users/innersmile/

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