19/12/10

INESIANAS -20















Eu era moça, menina,

por nome Dona Inês de Castro,

e de tal doutrina e virtudes,

qu’era dina de meu mal ser ao revés.

Vivia sem me lembrar

que paixão podia dar

nem dá-la ninguém a mim:

foi-m’o príncipe olhar,

por seu nojo e minha fim. //

Dei-lhe minha liberdade,

não senti perda de fama;

pus nele minha verdade,

quis fazer sua vontade,

sendo mui formosa dama.

(...)

Das Trovas à morte de Dona Inês - de Garcia de Resende

excerto - texto completo em, por ex., http://triplov.com/poesia/garcia_de_resende/index.htm

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