«ENSINOU A PENSAR EM RITMO» - 7
Beber-te! como bebo o ar da vida...
E como bebo a luz do sol doirado...
E a poesia do templo consagrado...
E o consolo no olhar da mãe querida...
Como bebo nos livros do saber
A palavra dos Deuses, e o segredo
Da existência nas folhas do arvoredo...
E em longas noites de cruel sofrer...
Como bebe no cálix o Deus-vivo
Quem o não sente andar dentro de si...
Como eu nesses teus olhos já bebi
A água que hei-de beber enquanto vivo!
Antero de Quental - Primaveras Românticas
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