21/08/07

IMPRESSÕES DE VIAGEM -1












angkor vat (Cambodja)

Hanói: motorizada,meio de transporte mais usado















baía de Halong-(Vietname)


CAMBODJA E VIETNAME, 2007

A minha viagem ao Cambodja e Vietname, com passagem por Istambul (aeroporto) e Bangkok-foi muito cansativa - não havendo voos directos - fiz Lisboa-Istambul-Bangkok-Hanói + 2 internos no Vietname - Seam Rap/Angkor; no regresso idêntico percurso. Para além do mais, algumas deficiências na programação - cerca de umas 12 horas parados em hotéis + tempos de espera no avião. A agravar ainda, calor húmido de 40º ou mais de manhã à noite.
Gostei genericamente do que vi - paisagens belíssimas no Vietname (Halong, por ex.- na foto) e templos, pagodes, alguns museus e o complexo de Angkor (1080 templos budistas e hinduístas, dos quais vimos o mais importante e maior e mais uns 3;(ver foto) ); de passagem por Bangkok, mais 3 templos e jardins. (ver foto)
O que mais me impressionou: a grande miséria no Cambodja (onde os khmers vermelhos dizimaram 45% da população em 5 anos) e no Vietname - menos neste, mais desenvolvido, visto as guerras terem acabado há mais tempo e se ter aberto às multinacionais. É duro ver crianças a assediar turistas para lhes venderem coisas-postais, pequenas peças de artesanato, etc.; crianças de 3 anos, por exemplo cuja única palavra insistentement repetida é dollar,dollar,dollar. Tentam vender, mas não roubam.
Vi no Cambodja uma aldeia flutuante - casas leves que podem ser facilmente deslocadas de um sítio para outro. Miseráveis, sim - mas com escola primária e secundária, lojas,terraços com esplanadas e até igreja e campo de basket, flutuando.
Ou seja: tudo o que é humano vive miseravelmente (certamente que há gente mais rica, claro). No Vietname há cerca de 10% de automóveis. Sensivelmente o mesmo no Cambodja. E há milhões de bicicletas e motos no Vietname, o veículo privilegiado - em cada semáforo de Hanói ou Ho Chi Minh (Saigão) e noutras cidades mais pequenas, parecem concentrações de motards...e ninguém, mesmo as crianças, usa capacete. Tudo o que foi feito pelo homem (palácios, templos, pagodes) é muito bonito.

Fiz um cruzeiro magnífico numa das paisagens naturais mais belas que vi (para além de Iguaçú, no Brasil, e dos glaciares patagónicos): a baía de Hai Long, no norte do Vietname(perto de Hanói) -já património da humanidade.

São países, todos eles, praticamente sem indústria (têm da seda e não sei se mais ) e vivendo de uma agricultura pobre (arrozais) e da pesca. A saída está no desenvolvimento do turismo -maior já no Vietname (longa costa – praias ) do que no Cambodja. Há muitas árvores - porque as chuvas são frequentes- monções em certas zonas quase diárias - não aliviando sequer do extremo calor . E a maioria das populações não tem ar condicionado como nós tínhamos nos hotéis, barcos e autocarros...Muitos nem rede de esgotos, água canalizada e luz possuem, sobretudo nas pequenas localidades.
No Cambodja não há hospitais decentes e muito menos gratuitos.Em Seem Reap/Angkor vi um hospital pediátrico:oferta do governo suíço. E se o complexo de Angkor, património mundial e candidata às 7 maravilhas não foi eleito, dizia, com razão, o guia – é porque os cambodjanos não têm, na sua grande maioria, acesso à net para poder votar.
Falar destas coisas - é esquecer mesmo que as nossas dificuldades cada vez maiores de vida em Portugal, são nada ao pé destes povos, dos africanos ou indianos. Ou latino-americanos.

Obs.: quanto mais vejo dos países citados, mais admiração sinto por Madre Teresa de Calcutá, também ela natural de um país paupérrimo da Europa, mesmo que, por vezes, alguns coloquem em causa os seus métodos: - não se limitou a ter pena, viveu e morreu a pena dos mais infelizes dos homens. Eu apenas tenho pena – e quase nada ou mesmo nada faço de acordo com essa pena…a não ser ajudar o turismo, o grande recurso desses povos.

Colocarei ainda mais imagens, logo que me seja possível(das de agora só a 2ª é da minha autoria).

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